É uma experiencia cultural edificante. A comida é quase toda orgânica, como o nome dos supermercados indica - Whole Foods, Wild Oats e companhia. A secção de fruta e vegetais dilata a púpila aos carnívoros mais resistentes, os empregados parecem saidos da universidade – e provavelmente até são - e fazem tudo para agradar ao cliente (“Quer que tire a gordura da carne? Quer que lhe coloque as compras nos saquinhos? Posso ajudá-la com o carrinho?”). Só falta mesmo oferecerem massagens exóticas e outras coisas que tal. Considerações à parte, fica aqui uma lista das coisas que mais me chamaram a atenção:
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1. Couve-flor roxa e pimentos laranja-fluorescente (de que forma e que isto é orgânico, fica por esclarecer).
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1. Couve-flor roxa e pimentos laranja-fluorescente (de que forma e que isto é orgânico, fica por esclarecer).
2. Um comboio pendurado no tecto, cheio de luzes e músicas apelativas, que parte da zona dos vegetais e vai até...aceitam-se apostas...vai direitinho até a zona dos doces, que parece saida do Charlie and the Chocolate Factory, levando consigo uma horde de criancinhas hipnotizadas. Uma espécie de Flautista de Hamelin dos tempos modernos...
3. Em algumas das filas para pagar, vê-se uma grande tabuleta que diz “No-candy line”. São filas que não têm pastilhas ou chocolates (as únicas), para que os pais não tenham que os aturar gritos desesperados das criancas à saida do supermercado. Inteligente, não?!
No entanto, tanto luxo já me começava a saturar, e como nestas coisas gosto sempre de ver o reverso da medalha, resolvi ir também a um daqueles supermercados típicos à americana, onde nada é orgânico - diria mesmo que se 10% dos produtos vier de um animal ou planta já nos podemos dar por contentes. Os carrinhos não funcionam, ninguém me embrulha as compras, compro resmas de coisas cujo valor nutritivo varia na razão inversa do poder calórico e embora a conta seja substancialmente mais “consumer-friendly”, saio com a certeza de que no dia seguinte voltarei ao Whole Foods...
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